Licenciada em História, mestranda em Estudos sobre as Mulheres e bolseira de investigação do projeto "Mulheres Escritoras".

Onlyfans: uma realidade destrutiva promovida pela pornografia neoliberal

Criticar a plataforma e compreendê-la como forma de o neoliberalismo se aproveitar das inseguranças das mulheres não é pôr em causa a liberdade financeira que possam conquistar através dela. É compreender que a maioria das mulheres o fazem sendo enganadas por um sistema que lucra com a submissão aos desejos masculinos.

Ensaio
1 Fevereiro 2024

Quando se ouve a palavra Onlyfans, o imaginário coletivo leva-nos para um site no qual jovens mulheres ganham milhares de dólares com a venda de fotos e vídeos pornográficos. Pensamos, talvez, em mulheres empoderadas, donas da sua sexualidade e prazer.

Não é censurável que seja este o nosso imaginário coletivo. Dos meios de comunicação social que publicam títulos de notícias, como “Onlyfans. A rede social que tem tornado os jovens milionários”, passando por vídeos no tiktok intitulados “como ganhar cinco mil dólares no Onlyfans”, aos famosos memes sobre “criar um Onlyfans” quando o custo de vida se torna incomportável, a plataforma tornou-se parte do vocabulário dos internautas. 

Não obstante a leveza com a qual o tema é discutido na esfera pública, a plataforma Onlyfans tem uma miríade de consequências reais para quem a usa como meio de subsistência, consequências em grande parte desconhecidas do público. 

Dependemos de quem nos lê. Contribui aqui.

A pandemia e a fama

Aquando da criação da empresa Onlyfans em 2016, Timothy Stokely, fundador da empresa londrina e antigo CEO, estava familiarizado com o funcionamento da indústria pornográfica. O “rei da pornografia amadora” já lucrava com o serviço de camgirls no site Customs4U e sabia que ainda havia muito mais para lucrar. O Onlyfans nasceu com termos e condições liberais no que diz respeito à publicação de conteúdo pornográfico, ao contrário de outras plataformas de subscrição, como o Patreon, que censuram este tipo de conteúdo. 

As utilizadoras do Twitter (agora X) ou do Tumblr – plataformas com termos e condições igualmente liberais – dificilmente conseguiam monetizar conteúdo sexualmente explícito por não existir um mecanismo de transferência bancária de fácil utilização. O Onlyfans veio colmatar esta falha no mercado ao permitir pagamentos fáceis e instantâneos através da aplicação. 

Como é que uma empresa consegue tantos lucros não tendo anúncios nem investidores parceiros? De cada subscrição, o Onlyfans taxa 20%, ficando os restantes 80% para o criador de conteúdos.

Em 2020, com a maioria dos países em recessão económica por causa da pandemia da covid-19 e com o encerramento de grande parte das atividades do setor terciário, como o turismo e o atendimento ao público, muitos dos jovens que entravam no mercado de trabalho à data dos sucessivos confinamentos obrigatórios perderam a sua independência económica. À instabilidade financeira juntou-se o regresso total à esfera privada e o sentimento de impotência perante o panorama mundial. Num mundo privado de toque e com o cenário romântico e íntimo comprometido, a par do acelerado aumento de contacto no digital, alargou-se a procura por conteúdo pornográfico e, segundo as leis do mercado livre, quando há procura, aumenta a oferta. 

O Onlyfans ganhou notoriedade nos meios de comunicação por um acaso. Em 2020, a atriz Bella Thorne juntou-se à plataforma angariando mais de um milhão de dólares em subscrições em 24 horas. O caso da atriz serviu de marketing para a plataforma. A difusão nas redes sociais e nos meios de comunicação contribuiu de tal forma para o sucesso do Onlyfans que, em 2020, o site aumentou em 75% os seus usuários, adquirindo cerca de 170 mil novos diariamente. Não sendo uma plataforma para venda de conteúdo sexualmente explícito e existirem várias contas com outros propósitos o seu objetivo era óbvio. 

Quais são as funcionalidades da plataforma?

Uma vez que o Onlyfans não tem anúncios – apesar de ser possível criar uma conta de acesso gratuito – a conta só é lucrativa através da monetização de conteúdo. Os interessados pagam uma subscrição – habitualmente mensal, mas que também pode ser anual – de um valor estabelecido pela criadora de uma conta para acederem às suas publicações. As subscrições variam de preço, situando-se entre os 4.99 dólares (cerca de 4.57 euros) e os 49.99 dólares (cerca de 45.83 euros) mensais. 

Ora, o rendimento da maioria das criadoras não vem das subscrições, mas de outras formas de monetizar o seu conteúdo, como o pay-per-view (paga para veres), ou seja, conteúdo que só é desbloqueado mediante pagamento extra – usualmente é conteúdo mais explícito. Outro método são as tips (gorjetas) que os subscritores pagam às criadoras de forma espontânea. Receber dinheiro para mencionar outro criador numa publicação ou ensinar outras pessoas a navegar na plataforma e a construir uma conta rentável também contribuem para o income de quem já tem uma conta lucrativa.

Os lucros

O Onlyfans é uma empresa totalmente autossuficiente. Os seus lucros são verdadeiramente impressionantes. A empresa, avaliada em 18 mil milhões de dólares – oito vezes mais que em 2020 –, teve de receita 1,2 mil milhões de dólares em 2022, o dobro dos lucros de 2021. E tudo aponta para que os lucros aumentem nos próximos anos.

Estes números levantam uma questão pertinente: como é que uma empresa consegue tantos lucros não tendo anúncios nem investidores parceiros? A resposta é simples. De cada subscrição, o Onlyfans taxa 20%, ficando os restantes 80% para o criador de conteúdos. Na medida em que a plataforma afirma ter 190 milhões de usuários ativos, dos quais 2,1 milhões são criadores de conteúdos, a empresa consegue sustentar-se sem investimentos externos. 

Ami Gran, a antiga diretora da empresa, afirma que esta taxa é essencial para manter o Onlyfans livre de publicidade, algo incomum nas restantes redes sociais. E se a plataforma já pagou mais de oito mil milhões de dólares aos seus criadores, este modelo de negócio aparenta ser inócuo e bastante lucrativo. Porém, os milhões que as criadoras de conteúdo sexualmente explícito angariam no Onlyfans não passam de uma ilusão difundida nas redes sociais.

Já muita tinta correu sobre a venda de sexo ou de conteúdo sexualmente explícito e pornográfico. Mas há uma questão que ainda está por responder: quem ganha com a mercantilização do corpo da mulher? Pegando no exemplo do Onlyfans, se 98% do conteúdo no site é conteúdo sexualmente explícito, a taxa de 20% que a plataforma arrecada, taxa essa que dá milhões de lucro, o que será se não um pimps cut (taxa do proxeneta). 

Quem ganha dinheiro no Onlyfans?

Quando observamos quem recebe dinheiro em subscrições no Onlyfans, a realidade é bastante díspar do que é vendido pelas influencers. Segundo estudos recentes, as contas no top 1% da plataforma acumulam 33% de toda a riqueza produzida. O top 10% fica com 73% dos lucros, o que significa que os restantes 90% ficam com apenas 17% de todo o dinheiro produzido. Estima-se que as contas no topo da plataforma recebam cerca de 100 mil dólares mensais em detrimento das contas medianas que, alegadamente, recebem cerca de 180 dólares (cerca de 165,02 euros), sendo que a maioria das contas não ultrapassam os 145 dólares (cerca de 132,94 euros) por mês.

Os valores não mentem: quanto mais subscritores, mais dinheiro entra na conta. 36.5% das contas cobram entre 10 e 20 dólares por subscrição – recordo que o Onlyfans taxa 20% por cada subscrição –, é preciso um número imensamente elevado de subscritores mensais para a plataforma ser uma forma viável de sustento. 

Logo, quem consegue fazê-lo? As influenciadoras digitais ou qualquer pessoa com um seguimento de base nas redes sociais consegue angariar subscritores. O top 10 de contas no Onlyfans inclui cantoras, atrizes e modelos, como a Cardi B e Black Chyna, que têm uma legião de fãs que as seguem no Instagram ou no X e que migraram para as suas contas no Onlyfans. 

A mulher deve estar subordinada ao homem que anseia pela sua atenção, sempre nos seus moldes. Não é apenas a monetização do tempo, mas da sexualidade e intimidade da mulher que fabrica uma relação com o “fã”.

Há outro fator de relevância: o Onlyfans oferece um referral program (programa de referência). Um criador de conteúdo refere outras pessoas à plataforma através de um link e a plataforma remunera o primeiro com 5% da receita do segundo por um ano até o referenciado atingir, no máximo, um milhão de dólares em subscrições. Quanto mais pessoas um criador juntar à plataforma através do link pessoal, mais dinheiro se junta à fatia no final do mês. 

Tendo isto em consideração, é fácil conceber o porquê de as influencers apresentarem uma vida de luxo nas redes sociais, alegando que esse luxo advém unicamente do Onlyfans. O desejo de ter uma vida despreocupada e glamorosa levou muitas jovens e mulheres a juntarem-se à plataforma através do programa de referência sem saberem as consequências monetárias e psicológicas que o Onlyfans acarreta. 

A documentarista Jessica Brady pôs à prova a plataforma e as alegações que subsistem: criou uma conta com zero seguidores nas redes sociais e publicou conteúdo no Onlyfans. Mantendo o anonimato e a celeridade, começou por publicar fotos meramente eróticas e dedicadas a fetiches variados, como o dos pés ou por comida. No espaço de um mês a prestar o seu tempo apenas ao Onlyfans, não tinha conseguido um único subscritor.

O trabalho emocional e a Girlfriend Experience

A experiência da Jessica é sintomática da realidade escondida do Onlyfans e com a qual tantas mulheres e jovens se depararam. A documentarista concluiu na quinta semana que a sua conta não atraía subscritores por dois fatores relevantes: a falta de autenticidade e por publicar conteúdo pouco explícito.

A autenticidade é um bem valioso no Onlyfans. As fotos ou vídeos produzidos em estúdio raramente geram o mesmo efeito que as de uma jovem no seu quarto a fazer atos sexuais. Esta procura pelo verdadeiro e próximo do consumidor cresce a par da pesquisa por pornografia amadora. Apesar de ser notório o aumento de procura por este tipo de pornografia antes de 2020, foi no contexto pandémico que atingiu o seu cume. A procura incessante por tudo o que seja autêntico não significa pegar no telemóvel e gravar vídeos ou tirar fotos. A autenticidade é uma performance. 

Usando as redes sociais vizinhas, como o X e o Instagram, as criadoras devem interagir com o máximo de potenciais subscritores através de retweets ou com respostas às suas publicações. A divulgação do conteúdo não pode ser automatizada. Todos os detalhes importam, incluindo as redes sociais nas quais disseminam a sua conta, que devem refletir o conteúdo que oferecem na aplicação. Não havendo contrato de trabalho, manter a plataforma rentável ocupa as criadoras 7 dias por semana. Do mesmo modo, a preparação das fotografias e vídeos é demorada. 

A verdadeira autonomia sobre o corpo não remete para a liberdade de criar uma conta no Onlyfans, mas na possibilidade de recusar fazê-lo. 

O processo de arranjar os acessórios necessários – muitos dos vídeos e fotografias incluem brinquedos sexuais – maquilhagem, roupa, filmagens, edição e divulgação nas redes sociais é particularmente demorado. A diferença entre o tempo de lazer e a criação de conteúdos esbate-se. Os procedimentos não são contabilizados para os “fãs”, que apenas veem as publicações nas quais as criadoras tentam apelar à proximidade como se de uma relação íntima se tratasse – o conteúdo não deve apenas parecer autêntico, mas ser também recebido como tal.

Apesar de o trabalho emocional estar presente na criação dos conteúdos, o principal fator é o contacto permanente com os fãs. No documentário NUDES4SALE, uma criadora de conteúdo sexualmente explícito confirma que todas as horas do seu dia são ocupadas com a “troca de mensagens” com os seus “fãs”. Como os subscritores podem residir em qualquer país do mundo, há sempre uma mensagem por responder. 

Este é um dos principais fatores diferenciadores da aplicação: permite criar relações parassociais monetizáveis. Contrariamente à pornografia mainstream, no Onlyfans é obrigatório fabricar intimidade, sendo que esse processo é constante e pernicioso. Este tipo de contacto continua a ser amplamente desejado. Meter um preço no contacto com os subscritores obriga a que este seja permanente e, na maioria dos casos, obrigatório, pois sem ele nada garante que a subscrição seja renovada no mês seguinte – paga-se por uma ilusão de intimidade. As mensagens constantes são exaustivas dada a necessidade de mantê-los interessados na sua vida e no conteúdo que têm para oferecer. Este facto não se assemelha à realidade da comum influencer. A venda de sexo e intimidade cria uma dinâmica verdadeiramente profunda e ilusória. 

A mulher deve estar subordinada ao homem que anseia pela sua atenção, sempre nos seus moldes. Não é apenas a monetização do tempo, mas da sexualidade e intimidade da mulher que fabrica uma relação com o “fã”. As conversas podem ser sobre episódios do quotidiano ou mesmo sexting. Quando o contacto é constante, pode cair no domínio da girlfriend experience.

Esta experiência refere-se à simulação de uma relação com um subscritor. É exigido que a criadora aja em conformidade com os atributos que uma parceira deve ter segundo os ideais masculinos. Este standard inclui troca de mensagens quando o “fã" assim o deseja, ser carinhosa e subalterna. Saige, uma criadora de conteúdo pornográfico, explicou à BBC News que de modo a não perder “fãs” criou o boyfriend of the week (namorado da semana), afirmando que durante uma semana dedica tempo especial a um subscritor, relacionando-se com ele como se de um parceiro romântico se tratasse, incluindo simulações de encontros românticos e sexuais. 

O desgaste emocional

Na rede social X, Elise Kennedy publicou um seguimento de tweets que explicam o desgaste emocional que a plataforma tenta esconder. A 27 de junho de 2020 a jovem descreveu a sua situação da seguinte maneira “O Onlyfans é o trabalho mais difícil e cansativo que já tive…nunca na minha vida soube de um trabalho no qual tirando apenas uns dias de folga os clientes perdem todo o interesse e a tua vida fica completamente afetada”. Não existem férias ou dias de descanso, pois é o contacto permanente que incita às subscrições. Os direitos laborais são trocados por termos e condições.

No seguimento da thread, Elise desabafa sobre a mercantilização do seu corpo: "mesmo queixando-me disso, sei que os clientes vão olhar para mim e dizer ‘esta rapariga é deprimente, inscrevi-me para ter mamas e merdas engraçadas’. Sinto-me desumanizada. sinto-me como uma máquina. perdi a noção de como ser eu própria". Este relato não é exclusivo. São milhares as mulheres que abandonam a plataforma com desgaste emocional e outras tantas que se mantêm por falta de alternativa. Mas o que contribui para este desgaste?

Aquando da criação de uma conta, a maioria das criadoras de conteúdo pornográfico determinam limites sobre a exposição do seu corpo e recusam praticar atos sexuais menos ortodoxos. Não obstante, estes limites são frequentemente quebrados.

Criticar a plataforma e compreendê-la como uma nova forma do neoliberalismo se aproveitar das inseguranças das mulheres não é pôr em causa a liberdade financeira que certas mulheres possam conquistar através do Onlyfans.

A funcionalidade de comunicar diretamente com as criadoras de conteúdo através de mensagens diretas permite que lhes solicitem conteúdo personalizado. Estes pedidos são, segundo as criadoras de conteúdo pornográfico, o mais rentável da plataforma, pois quão mais indecoroso for o pedido mais dinheiro o “fã” está disposto a pagar. 

Um exemplo prático remete-nos para uma criadora de conteúdos que declara ter-se filmado a pedido de um subscritor envergando roupa de criança, enquanto se masturbava com um dildo. Outra criadora afirma ter recusado solicitações por serem fisicamente inexequíveis, tais como ficar presa num buraco – ato que remete para a pornografia mainstream na qual é comum uma mulher precisar do auxílio do homem que a ajuda em troca de favores sexuais. 

Este tipo de pedidos não são fantasias sexuais inócuas. Os efeitos são nocivos para as mulheres que os praticam que, por precisarem de dinheiro para sobreviver, se veem obrigadas a fazer atos sexuais verdadeiramente desgastantes. 

O que escolhemos numa sociedade patriarcal?

O consentimento poderá existir numa plataforma na qual mulheres e jovens são obrigadas a atender a fantasias masculinas que as colocam numa posição de submissão por este ser o seu rendimento parcial ou total? 

Quando pensamos que estas mulheres são livres de abandonar a plataforma ou de recusar pedidos, como menciona a antiga CEO do Onlyfans, proponho que o debate ultrapasse a ideia de escolha como uma máxima, algo que o feminismo liberal prega, e que consideremos a classe e as pressões sociais como mecanismos opressores que ditam mais sobre a nossa emancipação que o suposto direito à “escolha”. A verdadeira autonomia sobre o corpo não remete para a liberdade de criar uma conta no Onlyfans, mas na possibilidade de recusar fazê-lo. 

Vivemos numa sociedade de constante hipersexualização da mulher e não questionamos o porquê nem como seremos verdadeiramente livres.

Quando vendem às mulheres e meninas que é empoderador e monetariamente compensatório, o quão informada foi a escolha da mulher que se junta a esta plataforma? Quando uma mulher ou jovem abre o instagram e é bombardeada com fotos de outras jovens que alegam arrecadar uma fortuna aos 20 anos depois de uns meses a venderem fotos pornográficas no Onlyfans, sabemos que é vendida uma mentira, mas essas jovens e mulheres não o sabem.

Criticar a plataforma e compreendê-la como uma nova forma do neoliberalismo se aproveitar das inseguranças das mulheres não é pôr em causa a liberdade financeira que certas mulheres possam conquistar através do Onlyfans e plataformas subjacentes. É compreender que a maioria das mulheres o fazem sendo ludibriadas por um sistema que lucra com a nossa submissão aos desejos masculinos. As mulheres que ganham dinheiro com o Onlyfans não vivem vidas desafogadas. Vivem em constante contacto com pessoas que as desumanizam. 

Rosa Cobo, socióloga espanhola, coloca a premissa de escolha da seguinte maneira: “a premissa do patriarcado neoliberal é que as mulheres já são tão livres para escolherem ‘coisificar-se’ sexualmente sem que este feito requeira uma análise que o contextualize”. De facto, viver num mundo em que o olhar masculino não seja o principal fator que condiciona o nosso desejo ou prazer é um mundo pelo qual vale a pena lutar. Mas, a realidade material é outra. 

Vivemos numa sociedade de constante hipersexualização da mulher e não questionamos o porquê nem como seremos verdadeiramente livres. E esse debate, tendo de começar por algum lado, sugiro que seja por esta plataforma e como permitimos, sem qualquer exaltação social, que uma empresa continue a lucrar milhões todos os anos com a exploração dos nossos corpos.