Professora de História e investigadora (Slhi/Cham). É doutorada em História das Ideias Políticas pela Universidade Nova de Lisboa e foi deputada à Assembleia da República. Entre as suas obras publicadas encontram-se o Espectro dos Populismos (2008, coord.), Mulheres Contra a Ditadura (2015), Manuel Fernandes Tomás 1771-1822 (2009), e em coautoria, Os Donos de Portugal (2010).

Há mulheres que não viram as costas à extrema-direita. Porquê?

A extrema-direita dá corpo e voz a uma agenda antifeminista. É a partir dela que diversas mulheres opõem o “feminino” ao feminismo, assumem a sua especificidade na possibilidade da maternidade e confiam na evidência da complementaridade entre sexos.

Ensaio
21 Julho 2022

Há mulheres que votam nas novas formações de extrema-direita, que as lideram e que nelas militam com convicção. O que as pode atrair num mundo de homens cujo ideário lhes é hostil? O que leva a deputada do Chega a proclamar com orgulho: “sou antifeminista”?

Esta leitura articula as tentativas (e sucessos) de mudança do padrão masculino destas organizações, o papel da “ideologia de género” na sua agenda, bem como o de diversas mulheres, destacando protagonistas e anotando mensagens.

Gender gap

Conhecidas pela convocatória da hipermasculinidade, as formações de extrema-direita são caracterizadas pelo “gender gapna sua organização e no seu eleitorado. No caso português, o Chega confirmou o degrau nas últimas eleições: “Quase dois em cada três dos eleitores que votaram no Chega são homens”, metade na faixa dos 35 aos 54 anos, quase metade com formação secundária.

A sobrerrepresentação masculina branca não apaga o facto de diversas formações de extrema-direita terem visto crescer o voto feminino. Ultrapassar o gender gap é uma das suas necessidades, mesmo se a militância preserva papéis de género.

Dependemos de quem nos lê. Contribui aqui. 

A francesa Marine Le Pen conseguiu saltar o degrau: a sua designação como presidente, em 2012, ativou o femonacionalismo da então Frente Nacional (hoje Reunião Nacional) e, fundindo a causa da nação com a das mulheres, sem poder recusar a referência da igualdade em nome do mainstreaming, reduziu a diferença entre eleitores e eleitoras.

Para o salto contou a composição da imagem de Le Pen, que aliou a maternidade, a filiação simbiótica com o pai, Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional, e o património de sofrimento decorrente dessa condição, às características viris de quem podia continuar o seu trabalho.

O combate à “ideologia de género” e o antifeminismo não são anexos da agenda da extrema-direita.

A exploração da nação supostamente ameaçada pela imigração e pelo Islão, onde as “outras mulheres” são tão vítimas do homem muçulmano como excluídas da supremacia ocidental, merece destaque nesta descolagem.

O femonacionalismo é explicado pela socióloga Sara Farris como a formação ideológica em que a exploração de temas feministas, pela convergência entre nacionalistas de direita, neoliberais e feministas e femocratas anti-Islão, colabora para a construção da agenda xenófoba e anti-imigração, encaixando as mulheres migrantes e refugiadas na esfera da reprodução social.

O estudo importa, ainda, pela análise do perigo de absorção do feminismo branco e liberal pelo caldo do conservadorismo da extrema-direita, quando esta ganha espaço, larga o seu estatuto minoritário e ocupa o mainstream.

Sem prejuízo do valor explicativo da convergência analisada por Farris, a defesa de políticas promotoras de “igualdade de género” não assenta como uma luva sem buracos em formações como a Frente Nacional e a italiana Liga Norte. Os direitos das mulheres são enunciados de forma oportunista, quando servem para definir a fratura entre as “nossas” e o “outro”, o “violador muçulmano”, e a racialização do sexismo é denominador comum no estímulo ao racismo e à islamofobia.

“Ideologia de género”

A expressão “ideologia de género” surgiu em 1997 na obra de um clérigo para desqualificar os estudos de género e foi acolhida e banalizada pelas forças conservadoras da Igreja Católica.

O combate à “ideologia de género” e o antifeminismo não são anexos da agenda da extrema-direita. Antes unem o que diverge, comprometendo todas estas formações, reféns das suas particularidades nacionais, numa agenda internacional. É por isso que a bandeira antiaborto não deve ser vista como um atavismo norte-americano.

A obsessão contra a “ideologia de género”, eixo da “guerra cultural antimarxista” e herança da Nova Direita Francesa e do neoconservadorismo, é nuclear nesta escalada identitária, quando a família (tradicional) é a célula base da sociedade, cujas relações e hierarquia foram desenhadas pela Natureza.

Na denúncia dos perigos e sequelas da “ideologia de género” cabe destacar o papel do francês Alain de Benoist, decano dos ideólogos de direita, que durante décadas lutou para eliminar barreiras entre a extrema-direita e a direita tradicional, e até aproximando-se a outros campos político-ideológicos. A referência é útil quer pela estratégia de desgaste e reconfiguração da direita clássica pela extrema-direita, quer pela centralidade concedida ao género.

Alain de Benoist, em Non à la théorie du genre (2014), dedica-se a parodiar o igualitarismo através de analogias que desenha como fracassos da esquerda. Situando a “ideologia de género” como herança do feminismo igualitário que procuraria libertar a sociedade do sexo em si, denuncia a sua hostilidade à “natureza” e ao corpo sexuado. Evocando a Natureza (e a natureza feminina em particular, argumenta que em todas as culturas do mundo, as meninas preferem as bonecas e os instrumentos de cozinha e os rapazes os carros e as bolas). A partir daí, a conclusão é óbvia: a “ideologia de género” é um sonho pós-moderno e pós-sexual, onde, na falta da criação de uma sociedade sem classes, se procuraria criar uma sociedade sem sexos.

À luta feminista cabe não baixar a guarda perante a retórica da banalidade e do perigo.

Para ele/s trata-se, pois, de repor o Sexo e a Natureza, e o seu lugar na ordem social. Trata-se de combater a “confusão dos sexos”, a masculinização das mulheres e a feminização dos homens, porque o sexo organiza uma ordem natural que a modernidade e o feminismo adulteraram, porque ele é fundamento da família, e esta é anterior ao Estado.

Interessa perceber se estas ideias cá chegaram e o que bebe a nova extrema-direita parlamentar desta fonte e de fontes vizinhas, uma vez aceite a influência do espanhol Vox, pela proximidade dos processos e da História.

Se o Chega apresenta alguns pontos fracos na sua agenda em comparação com as congéneres, por ausência de alguns ingredientes que sustentem a fratura nacionalista, convém observar as potencialidades do antifeminismo indo além dos núcleos de propaganda mais conhecidos – diabolização dos políticos, peso do Estado, corrupção, anticiganismo.

No que aos pontos comuns com outras formações da extrema-direita ocidental diz respeito, sem esquecer as suas particularidades (como a dependência do catolicismo e das suas organizações na sociedade civil), a jornalista Núria Alabao é perentória: “Descobrimos o antifeminismo militante do Vox no seu uso abundante do conceito da ‘ideologia de género’ e na aceitação da sua estrutura política”. O chapéu serve-lhes para a oposição a diversos direitos, desde o aborto à lei de identidade de género, à educação socio-sexual nas escolas.

Por cá, o Chega ainda tateia o terreno desta guerra, mas não por ausência de ingredientes, todos plasmados no seu programa de 2019:

  • Combater a “hegemonia marxista”, entendida como parte do complot e, em conformidade, a ditadura do “pensamento único igualitário”;
  • Suprimir “qualquer financiamento a organismos feministas radicais e perseguição efetiva das denúncias falsas” , denunciando a sua convicção de que muitas vezes os homens são as vítimas do feminismo;
  • Valorizar a violência intrafamiliar em detrimento da violência de género;
  • Sustentando o Estado Arbitral contra o Estado Social, reposicionar a família como “instância primária do Poder”, onde se concentra o essencial da autonomia, defender a família tradicional no quadro de uma conceção organicista: “A Família natural baseada sobre a íntima relação de um homem e de uma mulher é uma realidade sociológica e política anterior ao Estado”;
  • Retirar a Interrupção voluntária da gravidez (IVG) e cirurgias de mudança de sexo do conceito de saúde pública;
  • Defender a proibição da propaganda LGBTI+ nas escolas, bem como o “fim da aplicação das ideologias de inclusão e ideologia de género”, fim da disciplina de “género e cidadania”, denunciando a natureza ideológica das questões de género, sem qualquer caráter científico.

Protagonistas e papéis

Mas quem são as mulheres que se juntam à extrema-direita? Há quem lhes chame “novas mulheres de direita”, como Magali Della Sudda. A politóloga italiana estuda a diversidade de organizações em França nos últimos dez anos, entre as alterações legislativas de 2012, em prol do casamento e adoção por casais do mesmo sexo, e a Marcha pela vida de 2021. Hoje, a sua cola é a rejeição da IVG.

Redefinem o conteúdo da causa das mulheres. São contra os feminismos, ainda que possam evocar a igualdade, mas enjeitam a igualdade de género e as suas políticas. Não apelam ao retorno a casa das mulheres, mas são defensoras da família tradicional, e podem defender o direito a uma carreira brilhante e à conciliação entre vida profissional e familiar. Opõem o “feminino” ao feminismo, assumem a sua especificidade na possibilidade da maternidade, e confiam na evidência da complementaridade entre sexos.

Este século trouxe novos rostos femininos ao palco da política. Marine Le Pen, duas vezes divorciada, candidatou-se em 2016 com o lema: “sou uma mulher livre, uma mãe, uma francesa e escolhi comprometer-me pelo meu país”. Inscrevendo a sua identidade feminina para unir as identidades perdidas, fez da segurança e laicidade ideias-força. A primeira ao serviço dos ataques ao “imigrante violador”, a segunda no combate ao Islão e ao véu.

A presidente do Fratelli d’Italia, Georgia Meloni, replicou o lema, mas acrescentou-lhe a religião: “sou uma mulher, sou mãe, sou cristã, sou italiana”. Figura materna e símbolo da prosperidade da nação italiana, nega os fundamentos do feminismo, centrando-se na difícil conciliação entre o trabalho e a família e apostando nos incentivos à maternidade.

Nestas lideranças femininas, encontram-se, entre outras, Pia Kjaersgaard (do Partido Popular Dinamarquês), Alice Weidel (do Alternativa para a Alemanha, e lésbica), Rocio Monasterio (presidente do Vox na Comunidade de Madrid). Em comum, a convicção dos seus partidos como tampão contra a “vaga migrante” que ameaça a Europa branca e cristã.

Inscrevendo a sua identidade feminina para unir as identidades perdidas, Le Pen fez da segurança e laicidade ideias-força.

Elas dão a cara para responder ao desafio “onde estão as verdadeiras mulheres, as mulheres com M maiúsculo?” Apresentam-se como as verdadeiras representantes da maternidade branca europeia, do combate contra o grande “complô demográfico” que visa destituir a Europa das suas raízes.

No quadro familiarista e organicista, repõem o pretenso lugar perdido pelas mulheres na disputa infame da “ideologia de género” e do feminismo. Estão lá, não para representarem a outra metade da humanidade, mas como delegadas do essencialismo feminino perdido no feminismo igualitário e nas ameaças do Islão e da imigração.

Além de programas ou agendas dos protagonistas, importa perceber o que seduz as mulheres para estas formações e a natureza da sua militância.

As bandeiras encontram-se na convocatória e na proteção da maternidade, na promoção da cultura da vida contra a “da morte” (eutanásia, aborto) e na usura de alguns temas caros ao feminismo, como a conciliação entre trabalho e família. Se o seu papel é desvalorizado por alguma investigação, é valorizado por outra.

O politólogo Cas Mudde encontra-as sub-representadas na maioria das manifestações e nos atos violentos. Como na mundivisão em causa cabe ao homem e não à mulher ser politicamente ativo, muitas vezes a atração ocorre por via da proteção do futuro dos filhos.

Nos anos 1990, a historiadora Claude Lesselier fez o retrato das militantes da Frente Nacional: mulheres de militantes, submissas, à procura de um mundo mais ordenado e seduzidas pelo carisma do chefe, misturando desejo sexual e êxtase místico. É uma mistura ainda hoje validável pelas palavras de uma das fundadoras do Chega: “Ficámos em êxtase! Para mim foi como se visse um cego a ver ou um paralítico a andar!”.

Na França de então, aquelas mulheres tinham símbolos e referências de orientação —  a Virgem Maria, Joana d’Arc ou a mulher-mãe ameaçada —  e o apelo para combaterem pelas mulheres, tão ameaçadas como a identidade nacional. Hoje, elas são diferentes. Militam, tratam da comunicação nas redes sociais ou da administração, estão na rua, fazem parte de organizações dentro dos partidos ou criam as suas próprias organizações.

Cynthia Miller-Idriss sublinha que o papel das mulheres nas organizações de extrema-direita é mais significativo do que habitualmente se julga. Partindo da recente publicação de um relatório sobre o ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro, a socióloga norte-americana indica a detenção de 102 mulheres, 10% dessas acusadas de participarem ou conspirarem ativamente em prol da violência. Muitas defenderam-se evocando a maternidade e a proteção de filhos e maridos.

Doirando a face do extremismo, recrutando homens e mulheres, elas usaram historicamente (e ainda usam) os seus papéis domésticos não só para as atividades de bastidores, como para o recrutamento de homens como seus protetores.

“As mulheres precisam de ser defendidas”, disse Rita Matias, na CNN. Na entrevista, a deputada única do Chega convocou as mulheres vítimas da difícil conciliação entre trabalho e família para a urgente proteção da família tradicional (pai, mãe, filhos), condenando a guerra entre os sexos, pretensamente propalada pelo feminismo.

Antes dela e da avaliação do seu papel, muitas outras mulheres deram a cara pelo Chega e assumiram relativo protagonismo.

Ela [Rita Matias] é e será, também, o rosto e a voz que a extrema-direita parlamentar escolheu para tatear o caminho e dar fôlego à agenda antifeminista.

O jornalista Miguel Carvalho destacou o peso das mulheres evangélicas, sem deixar de identificar algumas como estando ligadas ao mercado imobiliário de luxo. No primeiro grupo, Lucinda Ribeiro, Maria Helena Costa —  que replica o lema  “cristã, esposa e mãe” e é autora de um livro contra a “ideologia de género” — e Ana Eusébio, da Comunidade Cristã de Lisboa, candidata e dirigente distrital.

O livro do politólogo Riccardo Marchi deu voz às fundadoras e protagonistas: Lucinda Ribeiro, Patrícia Sousa Uva, Cristina Vieira, Fernanda Marques Lopes.

Lucinda Ribeiro, programadora informática, decisiva nas redes, deu preciosa nota da fusionalidade entre o chefe e o povo, conhecido recurso populista que visa renegar a delegação/representação no plano político. O exemplo vale pelas palavras de um militante do partido sobre André Ventura - “quando o oiço, oiço-me a mim” - que ela clarifica: “O povo não votará mais em André Ventura, mas em si próprio”.   

Ligava-as, então, a reserva contra a adjetivação do partido como “extrema-direita”. Elas serviam para suavizar os “extremismos” que pendiam sobre a imagem do partido. Ligava-as a oposição à “cultura da morte” (sem consenso sobre a criminalização do aborto) ou o sentimento anti-Islão, pois a crítica à cultura islâmica “(…) está muito presente na base do Chega e entre os seus quadros mais destacados, principalmente do sexo feminino”.

Hoje, parte delas saiu, como Lucinda Ribeiro ou Patrícia Uva, ou está em rota de colisão com o chefe. Ventura perdeu-as ou controla o seu verbo. O homem líder deixou de as proteger.

Mas ele sabe que precisa de mulheres para alargar o nicho masculino. No 8 de março de 2021, o movimento “mulheres Chega” lançou um vídeo com a intervenção de inúmeras mulheres em que se destacam expressões como mulheres com “M maiúsculo” e “causas”. A harmonia familiar e a educação dos filhos, os direitos das mulheres e o seu empoderamento, a condenação da violência e a solidariedade, através da cola do líder, vão surgindo, aconchegados em intervenções convenientemente calorosas e vagas.

Neste teste, Rita Matias é a aposta. Não é a Mãe, nem é a República, laica e anti-Islão, é a Jovem. O facto de não ser detentora de alguns predicados não isenta a filha do dirigente Pró-vida dos atributos necessários para o apelo ao voto de jovens, e de jovens mulheres. Ela é e será, também, o rosto e a voz que a extrema-direita parlamentar escolheu para tatear o caminho e dar fôlego à agenda antifeminista.

Embora os materiais do Chega publicados na Internet sobre e com mulheres sejam residuais, destaque-se a publicação de Rita Matias em defesa do fundador da Prozis no quadro do retrocesso do direito à IVG, nos Estados Unidos. A deputada acusa os influencers: “não se coíbem de negar direitos a humanos que ainda estejam num útero”, corrigindo a comunicação social pela desinformação, porque o aborto nos EUA não foi banido.

A deputada única do CH não se ficou por aqui ao tentar, através do Diário de Notícias, temperar a sua imagem antifeminista ao afirmar que os homens têm direitos que ela não quer. Sem ser confrontada sobre quais os direitos em específico, tentou desviar o seu antifeminismo para a recusa do feminismo marxista, porque eles sabem que na disputa com o PSD o antifeminismo radical encolhe.

Além da revelação de como a ex-aluna do ISCTE-IUL se converteu em apoiante de Ventura, a entrevista vale pela confissão de uma outra paixão:  a do Vox e do seu ideário.

Tal como o líder, a jovem deputada diz-se e desdiz-se, sem deixar de revelar ao que vem. Além dela, importa conhecer o que move as mulheres de bastidores e as eleitoras. Rita Matias pode valer pouco e andar a tatear, tal como o partido, enclausurado nos foguetes e plumas e na serventia ao governo, mas não deixa de identificar o papel das mulheres da nova extrema-direita e o perigo que antecipam.

A sobrerrepresentação masculina branca não apaga o facto de diversas formações de extrema-direita terem visto crescer o voto feminino. 

Reconheça-se que não acerta quem suspeita da sua vergonha envergonhada face ao programa do partido e às declarações misóginas de dirigentes. A fã do Vox não tem vergonha, nem há colisão entre o discurso amaciado da conciliação entre o trabalho e a família e o ressentimento profundo contra os feminismos e os direitos conquistados.

À luta feminista cabe não baixar a guarda perante a retórica da banalidade e do perigo, quando aquelas protagonistas se apresentam como as verdadeiras defensoras dos direitos das mulheres e acusarem as feministas de fraturas inúteis. Fazem-no pondo na agenda a condenação da “guerra dos sexos” em nome da complementaridade, a defesa da maternidade e da conciliação carreira/família, a defesa da família de pai, mãe e filhos, como a grande vítima dos tempos, ou a denúncia da violência obstétrica.